segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Análise games - Batman Arkham Origins


Batman Arkham Origins é o terceiro game da série "Arkham" e mostra um herói mais jovem em uma trama que se passa antes dos acontecimentos dos games Arkham Asylum e Arkham City. Desenvolvido em conjunto pelos estúdios WB Games Montreal e Splash Damage, lançado para PS3, X-Box 360 e PC em outubro de 2013.


A trama se desenrola na noite de véspera de Natal, mostrando o Homem Morcego tendo que lidar com oito assassinos, contratados pelo vilão Máscara Negra, que quer se ver livre do vigilante, com o desenrolar da trama o herói vai descobrindo que há muita loucura no submundo de Gotham e que ele terá que superar os próprias limites para deter o insano plano do vilão.
A trama não chega a surpreender, ela é bem construída e conduzida, apresentando diversos personagens interessantes, como o vilão Exterminador, que rende uma das melhores lutas de todo o game, ou mesmo o mordomo Alfred, que não apareceu em nenhum dos dois games anteriores e aqui ganha um ótimo destaque, rendendo excelentes diálogos com o Batman. Porem a narrativa tem uma estrutura bem semelhante a de Arkham City, onde é revelado ao longo da trama que o real responsável pelos acontecimentos é um vilão inesperado, porem em Origins essa revelação é feita cedo demais e de forma muito direta, assim que determinado vilão é citado em um dos diálogos, não é difícil deduzir que na verdade ele é o grande vilão por trás de tudo.

A jogabilidade segue exatamente a mesma receita de Arkham City, são os mesmos movimentos e os mesmos bat-assessórios, com pequenas mudanças em alguns aspectos para dar a sensação de novidade, mas quando analisados criticamente é basicamente o mesmo jogo, com as mesmas funcionalidades. Um bom exemplo disso é a granada congelante que foi substituída por uma granada de cola, mas que basicamente cumpre a mesma função do equipamento anterior. A única real novidade é o modo detetive, que foi ampliado em relação ao game anterior, em Origins, além de analisar as pistas nas cenas de crime, Batman consegue simular os acontecimentos em determinados locais, com o objetivo de desvendar o que realmente aconteceu, uma adição bem interessante que lembra um pouco as modificações de memorias do game Remember Me.

A ambientação está basicamente a mesma de Arkham City, uma vez que praticamente exploramos o mesmo mapa do game anterior, com algumas pequenas mudanças na arquitetura de alguns prédios e o acréscimo de neve e da decoração natalina. A novidade fica por conta do acréscimo de 3 novos bairros, situados ao sul de Gotham, porem mesmo com uma mapa maior e muito bem detalhado, confesso que não tive muito interesse em explora-lo, uma vez que os objetivos e até mesmo os coletáveis são muito bem marcados no mapa, fazendo com que a exploração seja quase que desnecessária, muito pouco acontece na noite de Gotham, além de crimes que são informados de tempos em tempos pelo rádio da polícia, os quais são bem enjoativos, uma vez que se resumem a derrotar um bando de inimigos, fora isso Gotham parece vazia, sem vida, infestada de criminosos e nada mais, mesmo com o game se passando a noite era de se esperar algum tipo de atividade civil, mas não é encontrado nem mesmo um mendigo nos becos da cidade.

Além do modo história o game, pela primeira vez na série, apresenta um modo multiplayer para até 10 jogadores, onde dois deles assumem o Batman e Robin, enquanto o restante se divide entre duas facções de criminosos Bane e Coringa. Apesar do conceito bem interessante de um multiplayer onde o jogador poderia assumir o controle de dois heróis, confesso que não me empolguei em explora-lo, me limitando a jogar apenas o tutorial, uma vez que achei o modo totalmente desnecessário. Além do multiplayer, outra novidade é que o game está inteiramente dublado em português, o trabalho de dublagem está excelente, com praticamente todas as vozes muito bem escolhidas para os personagens.

Isoladamente Batman Arkham Origins é um ótimo game, com um excelente sistema de combate e com uma história que pode não surpreender, mas que é muito bem conduzida e com toda a certeza agradará os fãs do personagem. Porém o game acaba ficando a sombra de seu antecessor, uma vez que é impossível não compara-lo com Arkham City e concluir que muito pouco, para não dizer quase nada, foi acrescentado a série. No final é apenas uma extensão do que foi Arkham City, não se arriscando a sair no lugar comum. 

“Parou o coração dele. Engraçado. Boa morcegão, isso vai ser divertido!” - Coringa



Informações adicionais:

Nota geral: 08.
Tempo dedicado ao game: 29 horas.
Conquistas desbloqueadas: 20 de 60.
Dificuldade geral: Média.
Modo de jogo: Singleplayer e multiplayer.
Imagens durante a jogatina: Clique Aqui.
Idioma: Legendas e dublagens em português do Brasil.

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